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Pincelando o conto, relata sobre uma mulher que se encontrava numa barca, na época do Natal, não sabendo como foi parar lá, só que tudo ali era silêncio e treva.Com apenas quatro passageiros, a mulher se encontrava na presença de um velho bêbado, uma outra jovem com uma criança; mas a personagem narradora se sentia bem, naquela mudez mórbida.Até que a jovem mãe puxa conversa com nossa personagem principal, e em meio a perguntas começa o destrinchar da história. A jovenzinha estava ali, com o filho.
- Seu filho?
- É. Está doente, vou ao especialista, o farmacêutico de Lucena achou que devia consultar um médico hoje mesmo. Ainda ontem ele estava bem, mas de repente piorou. Uma febre, só febre....- Levantou a cabeça com energia. O queixo agudo era altivo, mas o olhar tinha a expressão doce. - Só sei que Deus não vai me abandonar.
Sofrera anteriormente a morte de seu filho primogênito, o marido a abandonara e ela estava altiva,e esperançosa, levando o filho febril ao médico. Com sensação incômoda, a narradora tenta focalizar o assunto para o outro filho da moça, doente, mas vivo. Mas a mãe ainda continua a conversa do outro filho que partira:
- tão bonzinho, tão alegre. Tinha verdadeira mania com mágicas. Claro que não saía nada, mas era muito engraçado...Só a última mágica que fez foi perfeita., 'Vou voar`, disse abrindo os braços. E voou.
A mulher, ainda mais incomodada, preferia não ter começado aquela conversa, mas os tais sentimentos humanos...“Levantei-me. Eu queria ficar só naquela noite, sem lembranças, sem piedade. Mas os laços - os tais laços humanos - já ameaçavam me envolver. Conseguira evitá-los até aquele instante. Mas agora não tinha forças para rompê-los.”
A mulher conta depois como foi que o marido a abandonou, contando as sucessivas desgraças com toda calma do mundo:
- A senhora é conformada.
- Tenho fé. Deus nunca me abandonou.
— Deus — repeti vagamente.
— A senhora não acredita em Deus?
— Acredito — murmurei. E ao ouvir o som débil da minha afirmativa, sem saber por quê, perturbei-me. Agora entendia. Aí estava o segredo daquela segurança, daquela calma. Era a tal fé que removia montanhas...
Numa conversa anafórica, fala de novo sobre o filho primogênito que perdera.A narradora , fica sem saber o que dizer, como que refugiando-se naquele gesto, levanta o xale que cobria a criança, volta a cobri-la, porém, o menino estava morto.
A personagem sente covardemente acuada-como contar àquela mãe tão crente o que havia acontecido?- por sorte o local de desembarque estava próximo. Chegado o destino, ela não vê a hora de descer. Até que...
— Acordou o dorminhoco! E olha aí, deve estar agora sem nenhuma febre.
— Acordou?! Ela sorriu:
— Veja...
Paro o conto por aqui, ele tinha tudo para ter um desfecho infeliz, no entanto, a tal fé, a esperança, a crença da jovem em contraposição à vida de aparente tacanhez daquela mulher. A fé, a esperança neste conto fantástico, uma lição de vida.Um conto sobre o Natal, mas que pode servir para todos os dias...Feliz Ano Novo a todos, prevalecendo sempre “os tais sentimentos humanos”.
imagem:google
3 comentários:
Maravilhoso meu amor!
Te amo sempre!
Olá passei para conhecer seru blog ele é notº10, show, espetacular, muito maneiro com excelente conteúdo você fez um ótimo trabalho desejo muito sucesso em sua caminhada e objetivo no seu Hiper blog e que DEUS ilumine seus caminhos e da sua família
Um grande abraço e tudo de bom
Obrigada pelos elogios Rodrigo e visite sempre este cantinho.
Abraços
Elenise
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