Há muito se tem procurado definir o conceito de felicidade. Para os poetas, o momento epifânico da criação da poesia é o ápice da felicidade.Outros se sentem felizes ao adquirir cada vez mais bem materiais(felicidade momentânea , convenhamos). Cientistas não param de inventar pílulas milagrosas para estimular a tal felicidade, haja Prozac espalhado pelo mundo!
Mas quero hoje relatar uma cena que vi o verdadeiro conceito de felicidade. Vamos lá. Ritinha é uma menina meio russinha, com leves sardinhas na face e cabelo amarelado, um verdadeiro pixain. Deve ter por volta de nove, dez anos. Sempre me encontro com ela pelas ruas, mora à certa distância de casa, porém sempre nos esbarramos. Sei que tem problemas familiares, não cabendo aqui relatar. Além disso, não consegue acompanhar o ritmo de sua série escolar.
O fato é que devido a circunstâncias,soube que a menina é dada a responder com verdadeiros palavrões a qualquer um que pratique o ato de insultá-la. Acontece que mesmo com toda esta proeza revolta que a afasta dos amiguinhos, confesso que vou com a cara da criança, que andou até me pedindo algumas aulas particulares, prometi que ia cumprir com o gesto educacional, mas até hoje ainda não defini horário para ensiná-la, fato que cobro de mim neste instante.A realidade é que sempre encontro com a menina pelos caminhos , e me pede alguma coisa: uma bala ou algo qualquer.Noto que tem uma imaginação forte, conta histórias mirabolantes, talvez devido a certa carência.Acabou no final das contas que, desde o início, trocando monólogos, acabei depois me acostumando com Ritinha, e sempre que some, procuro saber informações a respeito.
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