AS RIQUEZAS DO INTERIOR

Riquezas do Interior, o livro de estréia da escritora mineira Elenise Evaristo, abre caminhos no cenário literário brasileiro com a telúrica brejeirice de Minas Gerais. É em horinhas de descuido, como diria o também mineiro Guimarães Rosa, que Elenise capta momentos do cotidiano das cidades do interior e, com uma linguagem leve e acessível, convida o leitor a conhecer as riquezas de suas lembranças e de sua terra. Amalgamado ao seu estilo, Elenise utiliza seu repertório de leitora que vai de Drummond a Proust, passando por Machado de Assis e Rachel de Queiroz, para dar forma a sua escrita. Nas 27 crônicas que compõem o livro, a escritora traz à tona a imagem dos contadores de “causos”, a alegria das festas tradicionais, a inata religiosidade do povo de Minas, a singularidade da cultura popular das Gerais e reverencia personalidades marcantes e importantes por sua “mineirice”, como Fernando Sabino e Juscelino Kubitschek. Sob o olhar sensível e aguçado da autora, são resgatados valores humanos que, ao contrário do que se pensa, não ficaram perdidos no tempo, mas adormecidos no íntimo de cada um. Riquezas do Interior é um convite para que esses valores sejam despertados e para que possam ser postos em prática o quanto antes. Um mergulho no interior de cada indivíduo. Uma percepção das riquezas do ser humano. É o que Elenise Evaristo desafia seu leitor a fazer. * Texto escrito por Ana Carla Nunes e Beatriz Badim de Campos


Não sabia que título dar ao meu livro, fato este que vinha me perseguindo alineatoriamente. Mas uma hora surgiria o milagre na minha miserável cabeça de aspirante à escritora. Pois um dia aconteceu, enfim, a dádiva do nome do meu sucinto livro.
Voltava do centro de Três Corações, “vinha da cidade”, como dizem os mineiros que não moram no centro e sim em bairros arredores. Caminhava com meus pensamentos, em passos exíguos.Ensimesmada, me consumia pensamentos fugazes, que a classe dos bípedes humanos costumam ter.Frases em monólogo comigo: o que falar na reunião amanhã,(como boa virginiana que se preze, tenho a angustiante ansiedade desnecessária). Contas a pagar e outros detalhes peculiares n a maioria das pessoas que se dizem dignas e honram seus compromissos. Que piegas!
Perto de casa, então, ouvi o ensaio das pastorinhas, que andam de porta em porta, para saudar o menino Jesus, durante os dias 24 de Dezembro a 06 de Janeiro:
Pastorinha do Deserto,
venha cá saudar Maria,
que encheu o céu de glória
e os corações de alegria...
Alevanta pastorinhas
Vamos todas alevantar
Pra saudar menino Deus
Deitadinho no altar...
Adeuzinho até a volta
Até o ano que vem...
A melodia, a letra simples e sacra, saída dos lábios angelicais, me trazendo paz. Pronto!Eis a revelação, meu momento de epifania, lembro-me do que diz Affonso Romano de Sant`anna, em seu texto: Uma simples epifania, onde acontece o “explicável inexplicável”. Uma resposta para o título do meu livro, do nada! Ei-la: Riquezas do Interior. O que vou explicar aqui: Em frações de segundos, penso: as pessoas não teem tempo pra prestar atenção nas coisas simples e puras. O canto das Pastorinhas, manifestação religiosa que não existe nas grandes capitais. Docemente me vem ainda lembrança da Folia de Reis, o terço dançado de São Gonçalo, onde segundo o costume, não pode rir dos cantadores nem da reza, senão o altar pega fogo, a Folia do Divino Espírito Santo, o batuque mágico do Congado, que ouvi a primeira vez em São Gonçalo do Sapucaí, em noites geladas do mês de Maio... O canto das pastorinhas, terno e eterno.
Pois bem, nesse transe, faço na minha incansável mente um paralelo; riquezas do interior, o que na verdade trata de situações cotidianas que acontecem geralmente em cidades do interior, e traço uma linha com os sentimentos, que, de alguma forma mexem com meu interior, valores essenciais, como a amizade, a doçura das crianças, e com confiança, valores que mexem subjetivamente com aqueles que estão me lendo. Uma ambigüidade poética! Riquezas do interior. Sinto-me plena por ser sensível ao ponto de me comover com o canto das Pastorinhas, me recolho, sou imodestamente rica, valorizo as coisas simples da vida. Amo Deus, as pessoas, os pássaros. Amo a cultura e costumes interioranos. E, é sobre isto que trato em meu livro, da maneira simples como sou e da simplicidade do povo mineiro.
A riqueza da “Bola de meia, bola de gude”, a riqueza da “pedra no caminho”, do Velho Chico, da Maria Fumaça, do menino Fernando Sabino, da cultura homérica das cidadezinhas e um brinde a minha bela Gerais, do povo do Mar de Minas. Obrigada Deus, pelas riquezas que dinheiro nenhum paga.

Retirado do livro: Riquezas do Interior.

Gostaria de inaugurar este blog falando de minha amada cidade Três Corações, que hoje completa 125 anos. O nome é uma homenagem a Sagrada Família ,bom, são os relatos religiosos da história, sendo a primeira notícia que se tem de Três Corações, que datam de 1.760, quando o alferes Tomé Martins , um grande fazendeiro à margem do rio, fez uma capela em homenagem a Jesus, Maria e José. Ahhh, as três curvas do Rio Verde, daí também o nome, segundo os sonhadores....Consta também a lendária história dos boiadeiros goianos, que deixaram três morenas a chorar,Jacira, Jussara e Moema, versão esta acrescentada no hino da cidade pelo tricordiano Darcy Brasil, exímio escritor que deixou seu nome em nossa Biblioteca Municipal.

Três Corações teve outros filhos ilustres, como o também escritor Godofredo Rangel, que em seu livro “Vidas Ociosas” tece uma narrativa impar onde a amizade e vaidade se confrontam num final surpreendente. O livro foi editado pela antiga Companhia Editora Nacional, na Coleção “Os grandes Livros Brasileiros”, um orgulho para nós. Mas, deixando de puxar sarda pela área cultural, que amo, temos no esporte o grande nome mundial: Rei Pelé.

Remeto-me agora aos tempos áureos da Rede Mineira de Viação; a estação de trem, de onde, infelizmente, só me restam histórias e saudades de um tempo nunca vivido, mas sentido por mim. Nossa antiga Estação Ferroviária foi inaugurada pelo imperador D. Pedro II, em 1.884, quantas histórias!Histórias que podem ser revividas no acervo de nossa acolhedora e bem estruturada Casa da Cultura Godofredo Rangel, uma justa homenagem.

Cito a famosa Feira de Gado, que trazia fazendeiros do Brasil inteiro. A ponte que outrora os conduzia, hoje chora por seus fantasmas. Existe cidade em que o portão do cemitério é considerado ponto turístico? Três Corações é assim...coisas do interior.

A cidade hoje...A pecuária ainda é uma grande fonte de renda , embora extinta a saudosa Feira de Gado. Outra economia forte é o café, vale conferir com nosso gordo leite. O Distrito Industrial gera grande parte dos empregos, o comércio é ativo. Somos cercados por pelas serras, temos a praça central, onde tudo acontece. As pessoas continuam com seus “causos”. A matriz Sagrada Família está ali, nos abençoando. Uma típica e crescente cidade recanto mineiro.

É assim um pouquinho de minha terra, tanto a se falar, mas findo por aqui, com enorme emoção pelos seus 125 anos.
ass. Elenise Evaristo

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PRIMEIRO LIVRO DE CRÔNICAS, INTITULADO “RIQUEZAS DO INTERIOR” DA ESCRITORA ELENISE EVARISTO. Este projeto visa divulgar novos nomes e publicações relacionados a Cultura da Cidade de Três Corações, através do lançamento do livro de crônicas “Riquezas do Interior”, da iniciante escritora Elenise Evaristo, contemporânea, mineira, dotada de sensibilidade e cultura e que com estes adjetivos, retrata na sua primeira publicação, embora já tenha sido apresentada ao mundo literário, através da publicação de um artigo, em livro lançado em 2008, intitulado: Quem conta um Conto de Fadas... Uma introdução aos contos de fadas dos Org. Geysa Silva e Luiz Fernando Matos Rocha. INTRODUÇÃO O Estado de Minas famoso por reunir marcas de um passado de riquezas Patrimoniais e Arquitetônicas, trazidas pelo Barroco e Rococó produzidos no século 18, e que garantiu que parte das cidades históricas adquirissem títulos de patrimônio da humanidade por parte dos órgãos responsáveis, possui ainda mais requinte quando se trata do legado da Cultura popular deixada pelos povos mais antigos. A cultura mineira tradicional fértil e diversificada, atravessa tempos e mostra para o Brasil a importância de se abrasileirar ainda mais as nossas tradições !

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Eu,por mim mesma: Virginiana, Terra, Melancólica. Tímida, Dedicada, Ciumenta, Muito Amor: Deus, família, alguém que sabe quem, amigos, Minas Gerais,e Literatura. Impulsiva, Sensível, Aspirante à escritora. Prazer: pôr-do-sol, cheiro de café coado de preferencia no coador de pano, cheiro de terra molhada, cheiro de curral, brincar com meus sobrinhos, comer bolinhos de chuva, ouvir música, assistir filmes, amo momentos simples e extasiantes Amo cozinhar. Adoro Conversar com pessoas e me encontrar nos meus momentos de solidão.

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