O outono vem vindo.Hoje, primeiro dia da Quaresma, poderia escrever sobre os famosos “causos”, que é muito frequente no interior de Minas;poderia falar sobre o resultado das escolas de Samba, ou mesmo sobre o fim do carnaval, mas não...É que estou com vontade de falar sobre uma das minhas estações preferidas, assim como a primavera, o outono. O outono não chegou ainda, mas já posso sentir suas premissas.
Ainda estamos no horário de verão, o céu hoje está acinzentado, uma chuvinha pachorrenta lá fora. As nuances do outono: uma leve brisa a invadir meu quarto de manhã, tal como uma doce mão a me acordar, mesmo sendo horário de verão, os dias tenho notado, estão mais curtos, escurecendo mais depressa não sem antes o entardecer se tornar digno de uma vermelhidão de Monet que só o outono sabe oferecer.Como diria Fernando Pessoa: Uma névoa de Outono o ar raro vela,
 Cores de meia-cor pairam no céu.
O outono está chegando, o hiberno da alma . As folhas amareladas caem tornando o chão admirável.Acho que no outono também nos despojamos de nossas folhas secas.A relação homem e natureza, que o psicanalista, educador  e cronista Rubem Alves certamente sabe explicar melhor que eu, através de suas metáforas.Segundo os dicionários, Outono é a estação do ano que precede o inverno e e que no hemisfério norte vai de 22 de Setembro a 21 de Dezembro e no hemisfério sul de 21 de Março a 21 de Junho. Definição evasiva. Para mim, o Outono é um poema a ser feito.Esperemos  o outono com ternura.