Estudos anteriores mostraram que os  cães  surgiram no leste asiático, fato contestado recentemente por alguns pesquisadores, que afirmam que o dócil animal surgiu no Oriente Médio. A recente pesquisa, com fundamento em registro arqueológico mostra forte elo entre a domesticação de cães naquela região e o surgimento da civilização humana.
São vários os tipos da raça, tem para todos os gostos, o poodle, o pincher, o doberman, o dálmata, o adorado vira-lata, servindo de companhia para todas as idades. Não é de estranhar que pesquisas afirmem também  que quem tem um cãozinho, é menos propenso à depressão.Com a mistura de raças de cães rudes e corajosos, surgiu o famoso  e temido pittbul, que devo confessar, com aquela focinheira e os olhos meio apertadinhos me causa medo, e foi até banido de alguns países.Bom, sabendo cuidar deste hostil  canino, tudo bem.Mas devo admitir que prefiro os cachorros pequenininhos, são mais fáceis de cuidar , me lembro do obsoleto pequinês, com aquelas barbichinhas e os dentinhos pra fora, teve uma época que era verdadeira febre.     Engraçado que sempre tive uma ligação muito forte com animais, principalmente  cachorro. Na minha rua outrora apareceu um, não sei de onde, e todos cuidavam dele. Quando comecei a sair, eu e minhas amigas às vezes chegávamos um pouquinho tarde, e o danado sempre aparecia para nos  acompanhar até em casa, era impressionante! Como um guardião.
Aqui em casa, temos sempre o hábito de criarmos dois cachorrinhos, se um falece, passado o período de luto pelo animal, tratamos de providenciar outro. Temos o  Cafu, que já está  meio velhinho.  Certa vez caiu e se machucou,  e instintivamente e manhosamente às vezes  usa do argumento de mancar para chamar  a atenção.Adora um paparico. O outro é o pueril  Toquinho, que se diverte em meio ao mato, chuva, enfim, natureza em geral. Esperto e bagunceiro como só ele sabe ser.
Mas volto à pesquisa, a maioria dos cães tinha ligações genéticas com lobos do Oriente Médio... Bom, na verdade, de onde surgiram os cães não me interessa muito, o que quero relatar, na realidade, é que dias desses, fazendo minha habitual caminhada, deparei com uma cena digna de sensibilidade e compaixão. Um cachorrinho branco, havia sido atropelado em uma avenida famosa de Três Corações, pessoas pararam para olhar, os carros desviavam para não ferir ainda mais o bichinho estendido na rua com a barriga sangrando. O motorista que o atropelou depois enrolou o cãozinho em um pano, que parecia uma camiseta, sendo ajudado por mais dois outros homens. Pois bem, o motorista  poderia ter fugido;  mas não. Disse, porém, que levaria o acidentado ao veterinário. Uma mulher, que parecia ser sua esposa, o acompanhava e passava a mão sobre a cabecinha do animalzinho, que mesmo em meio à dor, retratava agradecimento  pelo gesto complacente. Não sei o que aconteceu ao animalzinho, tomara que tenha se recuperado e arrumado um lar, pois parecia um cachorro de rua. Ainda acredito na bondade do ser humano, pequenos atos são capazes de fazer milagres na alma.

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