Barroco Mineiro-No Barroco (séculoXVIII) predomina a exaltação dos sentimentos, a forte religiosidade expressa de forma dramática. O homem seiscentista vivia atribulado, tentando se expressar pelo culto exagerado das formas. O Barroco Mineiro predominou em Vila Rica (atual Ouro Preto), se estendendo por Diamantina, Mariana, Sabará, Tiradentes, São João del Rei, Congonhas e outros vilarejos da época. Teve seu ápice com os mestres Ataíde e Aleijadinho, sendo que o último construiu Os Doze Profetas e os Passos da Paixão obra exageradamente perfeita, na minha opinião), na igreja de Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas do Campo.As Irmandades Religiosas decoraram as igrejas com luxo e requinte. Retratos do “Século do ouro’”.


foto retirada de mirandasa.com/2008/02/27/o-aleijadinho/


Juscelino Kubitschek-foi criado praticamente pela mãe, Júlia, já que seu pai faleceu quando era apenas uma criança de três anos Foi um grande apreciador de serenatas e serestas. Não cabe a mim falar de suas conquistas políticas, que foram várias. Destaco somente a construção de Brasília. A idéia de uma capital no centro do Brasil já estava prevista na Constituição republicana de 1.891, sendo adiada por todos os governos posteriores. O Congresso aprovou a lei de nº. 2.874 sancionada por J.K., determinando a mudança da capital federal.As obras, onde um dos líderes era o grande arquiteto Oscar Niemeyer, foi terminada antes do tempo previsto e gerou vários empregos.


Fernando Sabino - São tantos autores mineiros a se falar, Drummond, Guimarães Rosa, Murilo Rubião e outros, mas como é um livro de crônicas, cito o menino Fernando Sabino. O escritor era um leitor compulsivo desde criança e um exímio nadador. Escreveu
o romance “O Encontro Marcado” em 1956, uma de suas obras mais conhecidas, e “O Grande Mentecapto”, em 1979, iniciado mais de trinta anos antes. Amigo de Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos, formavam os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, carinhosamente chamados assim. Trabalhou no Consulado Brasileiro. Escreveu crônicas para diversos jornais e revistas do país, Suas crônicas são de uma pureza ímpar, tocando o coração de crianças e adultos. Não deixo de indicar sua produção “A Vitória da Infância”, fatos cotidianos que falam suavemente sobre infância, um grande bálsamo para os corações sensíveis.


Clube da Esquina-Milton Nascimento, quando foi morar em B.H. conheceu os irmãos Borges. Se encontravam na esquina da Rua Divinópolis com a Paraisópolis, surgindo belíssimas canções. Depois se juntaram a eles Fernando Brant, Flávio Venturini, Toninho Horta e outros grandes compositores e músicos. Em 1.972, foi gravado o primeiro LP Clube da Esquina, que assinalou um dos capítulos mais importantes da MPB, conquistando a atenção devido à ousadia artística e riqueza musical poética.


Pão de queijo-o “verdadeiro” pão de queijo consiste em um biscoito de polvilho, e não pode se esquecer da banha de porco. Depois de pronto é impossível comer um só. O comércio do pão de queijo abrange o Exterior. Hoje pode se misturar o que quiser à massa, como ervas, batatas e outros ingredientes. Ainda prefiro o tradicional, numa boa mesa mineira com o café “passado” na hora.




Queijo Mineiro-na segunda metade do século XVIII, os exploradores do ouro partiram para as regiões das minas no Brasil Central, e levaram a elaboração artesanal do queijo. O queijo mineiro é um queijo macio, porém de consistência firme, sua cor interna é branca e a casca fina, meio amarelada. O modo de preparo do queijo Minas artesanal foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Gosto de comê-lo derretido no pão, ou com goiabada cascão, Basta inventar seu modo.


Doce de leite - o doce de leite primeiramente foi feito a partir do leite e melado de cana com o objetivo de “experimentar” a habilidade das escravas cozinheiras e a conservação do leite. E de lá pra cá, temos o doce de leite mole, o cortadinho, todos saborosos e irresistíveis, nas prateleiras dos mercados, nas vendas e paradas de Minas. São tantas riquezas pra contar, pincelei algumas, mas suspeitamente, amo todas!

Retirado do meu livro de crônicas: Riquezas do Interior.