Hoje, dia 1º de Dezembro se comemora mais uma vez, o Dia Mundial da Luta contra a AIDS. A luta principal não é só contra a doença, mas principalmente contra o preconceito. O tema decorrente é sobre a luta não contra a doença, mas também em relação à discriminação contra a morte social, que acaba fazendo adoecer ainda mais o soropositivo. A AIDS, (síndrome da imunodeficiência adquirida) que há mais de 20 anos assombra a população não é ainda livre de julgamentos, mesmo com tantas pesquisas, tratamentos e campanhas contra a discriminação. A prevenção tem sido, desde o princípio, um difícil processo para os programas de controle da Aids. Anteriormente, era grande o desconhecimento sobre a doença. Desde então, esse quadro sofreu profundas alterações. Houve um grande aumento sobre o conhecimento científico acerca do vírus, suas interações com o organismo, as formas de evitar a transmissão,mas as pessoas ainda não se conscientizam, pensando que nunca poderá acontecer com elas.




A AIDS esta doença alarmante, não escolhe pessoas, não tem o porquê do preconceito. Quem diria que o sociólogo Betinho fatalmente contrairia o vírus em uma transfusão de sangue, procurando se tratar como hemofílico? Tudo bem, que na época os tratamentos de saúde eram mais precários, mas a fatalidade, mesmo em proporções ínfimas pode acontecer... Afinal a ciência não é perfeita.

O coquetel está ai para tratar a doença, embora às vezes provoque efeitos colaterais, que são superados com carinho e atenção de pessoas queridas. Os soropositivos sim, são seres humanos que podem ter uma vida normal. Cada vez mais está se prolongando o tempo de vida, ações sociais com acompanhamento médico promovem ao portador levar uma vida normal como todos. Infelizmente, com tanto preconceito teve de se criar uma lei para proteger os portadores do vírus, A Lei 11.199 de 2002 prevê pena de até quatro anos de detenção para os que as transgridem. Pena uma coisa tão óbvia, como o RESPEITO, ter de ser praticada somente com o surgimento de uma lei.

Não posso deixar de dizer que vi de perto o trabalho de uma entidade tricordiana em prol dos soropositivos, chamada SOLIDARIED`AIDS, que tristemente está prestes a fechar por falta de apoio financeiro. Tive a emoção de viver momentos com pessoas maravilhosas, alguns já se foram, outros estão na luta, com dignidade. As tardes de sábado que tive o privilégio de certa forma, contribuir voluntariamente com estas pessoas tão alegres, que dão o melhor de si, exemplos de vida, pude observar o quanto o ser humano é mesquinho, sempre reclamando de tudo; e elas ali, dançando, se reunindo, expondo seus problemas com um dócil sorriso. Impossível era não sair dali radiante. E pensar que um simples aperto de mão melhorar o dia de uma pessoa.Espero que um milagre aconteça, e a entidade, continue, mesmo que aos poucos, conseguindo levar tratamento e alegria a todos seus membros.

Buscando conscientizar sobre a importância do movimento, O Brasil se encontra em mais um ano em defesa dos direitos e luta contra paradigmas preconceituosos, data que foi criada em 1988, durante Encontro Mundial de ministros de Saúde, em Londres, com a participação de 140 países. O objetivo da data é mobilizar governos e sociedade civil, mas não fique ali nas passeatas, que não seja alvo de manifestações interesseiras, mas ao contrário, este momento deve ser lembrado todo dia, já que a compreensão e amor são remédios eficazes no tratamento da doença.