Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de Romaria e prece
Paz nos desaventos
Tudo começou no Rio Paraíba, no ano de 1.717 , quando os pescadores Domingos Garcia, João Alves e Felipe Pedroso lançavam a rede no Rio, incumbidos em busca de peixes para o almoço do Conde de Assumar, governador da província de São Paulo. Tudo estava correndo mal, as redes vazias, até que encontraram uma imagem, e o milagre aconteceu... de lá vieram as primeiras orações e uma capelinha.
Hoje eu não poderia deixar de falar Dela, A padroeira do Brasil. Maria Santíssima, em uma de suas vastas denominações, embora seja uma só.
A cidade de Aparecida do Norte, estado de São Paulo, está repleta de romeiros, pessoas vindas do Brasil inteiro para prestar homenagens à Virgem. Muitos vão cumprir promessas, fatos registrados na sala de milagres. Daqui do meu bairro mesmo saíram três romarias, coisas do interior, mineiro que se preze vai orar pela santa ao menos uma vez ao ano.
Quando criança, ia muito com meus pais. A tradicional queima de fogos ao meio dia, onde eu ficava assustada, com as mãos nos ouvidos, indiferente às explicações de minha mãe, dizendo que eram para agradar à Santinha. O choro era suprido depois, com um passeio pela feirinha, onde comprava picolés enormes, típicos da cidade, meu momento preferido. Isto lógico, após assistir à missa. Reminiscências pueris que tenho infinitas saudades. Acho que por isso que me emociono com a música “Romaria”, entre outras canções envolvendo Maria, ainda mais se cantada na voz do conterrâneo Renato Teixeira, é pura emoção.
Depois de anos, voltei à Basílica, fiquei um tempo sem ir lá, acho que devido à morte de meus pais, afinal, estava religiosamente acostumada a ir com eles. Ano passado voltei à Aparecida, de onde no alto de sua torre, a visão do Rio Paraíba e arredores da cidade são aprazíveis.
Entre os milagres mais famosos Nossa Senhora conheço a história do “Cavaleiro sem fé”. O cavaleiro vindo de Cuiabá, em direção à Minas começou a zombar da fé dos romeiros, e para desrespeitar a fé dos transeuntes entrou com o cavalo na igreja. A pata do cavalo se prendeu na pedra da escadaria da Basílica Velha. O cavaleiro, abrupto pelo golpe, assustado, se converteu na mesma hora. Qualquer um que for à basílica verá a marca da ferradura, que ficou gravada na pedra.
Três Corações, minha cidade. Os fogos de artifícios em saudação à Maria começaram desde manhã, em cada canto, se reunindo ao meio dia como numa oração unívoca aplaudida pelo soar dos sinos, uma manifestação religiosa muito comovente, de beleza ímpar.
Salve Nossa Senhora, Padroeira do Brasil, que seu manto sagrado cubra-nos sempre, e em especial as crianças, pelo seu também dia!
AS RIQUEZAS DO INTERIOR
Riquezas do Interior, o livro de estréia da escritora mineira Elenise Evaristo, abre caminhos no cenário literário brasileiro com a telúrica brejeirice de Minas Gerais. É em horinhas de descuido, como diria o também mineiro Guimarães Rosa, que Elenise capta momentos do cotidiano das cidades do interior e, com uma linguagem leve e acessível, convida o leitor a conhecer as riquezas de suas lembranças e de sua terra. Amalgamado ao seu estilo, Elenise utiliza seu repertório de leitora que vai de Drummond a Proust, passando por Machado de Assis e Rachel de Queiroz, para dar forma a sua escrita. Nas 27 crônicas que compõem o livro, a escritora traz à tona a imagem dos contadores de “causos”, a alegria das festas tradicionais, a inata religiosidade do povo de Minas, a singularidade da cultura popular das Gerais e reverencia personalidades marcantes e importantes por sua “mineirice”, como Fernando Sabino e Juscelino Kubitschek. Sob o olhar sensível e aguçado da autora, são resgatados valores humanos que, ao contrário do que se pensa, não ficaram perdidos no tempo, mas adormecidos no íntimo de cada um. Riquezas do Interior é um convite para que esses valores sejam despertados e para que possam ser postos em prática o quanto antes. Um mergulho no interior de cada indivíduo. Uma percepção das riquezas do ser humano. É o que Elenise Evaristo desafia seu leitor a fazer. * Texto escrito por Ana Carla Nunes e Beatriz Badim de Campos
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