AS RIQUEZAS DO INTERIOR

Riquezas do Interior, o livro de estréia da escritora mineira Elenise Evaristo, abre caminhos no cenário literário brasileiro com a telúrica brejeirice de Minas Gerais. É em horinhas de descuido, como diria o também mineiro Guimarães Rosa, que Elenise capta momentos do cotidiano das cidades do interior e, com uma linguagem leve e acessível, convida o leitor a conhecer as riquezas de suas lembranças e de sua terra. Amalgamado ao seu estilo, Elenise utiliza seu repertório de leitora que vai de Drummond a Proust, passando por Machado de Assis e Rachel de Queiroz, para dar forma a sua escrita. Nas 27 crônicas que compõem o livro, a escritora traz à tona a imagem dos contadores de “causos”, a alegria das festas tradicionais, a inata religiosidade do povo de Minas, a singularidade da cultura popular das Gerais e reverencia personalidades marcantes e importantes por sua “mineirice”, como Fernando Sabino e Juscelino Kubitschek. Sob o olhar sensível e aguçado da autora, são resgatados valores humanos que, ao contrário do que se pensa, não ficaram perdidos no tempo, mas adormecidos no íntimo de cada um. Riquezas do Interior é um convite para que esses valores sejam despertados e para que possam ser postos em prática o quanto antes. Um mergulho no interior de cada indivíduo. Uma percepção das riquezas do ser humano. É o que Elenise Evaristo desafia seu leitor a fazer. * Texto escrito por Ana Carla Nunes e Beatriz Badim de Campos

Historinha de assombração

Imagem: http://fadalindinha.fateback.com/noite%20lua2.jpg


Minas Gerais sempre foi dotada de certa religiosidade e feição ao sobrenatural. Não são raros os relatos de aparições contados e recontados, o que frisa mesmo uma riqueza tradição oral dos feitos do além. Roberto Drummond relatou bem em seu livro “O Cheiro de Deus” sobre estas aparições inusitadas que são assustadoras, e contadas com convencido orgulho. No livro, numa estranha cidade de Minas, onde tudo pode acontecer, a personagem principal, vó Micaela, é uma brava senhora, que vive em guerra com um coronel; a velha, cega, que vive com um rifle na mão, sente os acontecimentos pelo olfato, sem falar que todos seus descendentes têm sobrenomes de uísque. Neste ínterim, o autor relata de forma humorada e romanceada a história de amor entre um lobisomem e uma mortal, contado com tanta e leveza na colocação das palavras, fina maestria que dá vontade de chegar ao final do livro logo, pra saber quem é o tal do bicho, e pelo enredo que nos envolve, contando de forma sutil os costumes enraizados dos mineiros.
Já circulei de madrugada pelas ruas históricas de Ouro Preto e Mariana, e confesso, entre os casarios e as igrejas fechadas, se sente que a qualquer momento poderá se deparar com um ilustre fantasma do século XVII, é misterioso, e curioso ao mesmo tempo.
Dias destes, vim num programa televisivo, uma entrevista de um cantor regional, ele já com quase 70 anos, e como todo conterrâneo, de fala mansa, afirmou com um estranho brilho nos olhos que já tinha visto um lobisomem quando criança... São histórias incríveis, que não canso de ouvir, povoaram minha infância , e ainda me deleito ao ouvir as narrativas dos mais velhos, que juram de pés juntos os acontecimentos que viveram ou foram relatados por seus pais.
Pois bem, minha historinha recente, aconteceu com três personagens. Quaresma, pra variar. Os antigos ainda dizem que o melhor é ficar em casa, sair depois da meia noite é perigoso, assim como é pecado fazer certas coisas na sexta-feira Santa, que é dia morto, de oração e meditação.
Meia noite, hora das assombrações. Pois estes três aventureiros, não respeitaram tais orientações, passando por cima das crendices. Foram em um baile, um forró com uma incansável sanfona, se divertiram, dançara, beberam, paqueraram, sem se preocupar com a senhora Hora, e a noite da Quaresma esperando lá fora. Pois bem, no fim do forró, quando já não havia mais nada o que se fazer, o baile já terminado, os beijos já dados, a música dançada, os moços resolvem finalmente ir para casa, mas antes ainda pensam em parar em algum outro lugar, mas não havia mais estabelecimento ao redor aberto; insatisfeitos, só restou voltarem pra casa.
No bairro onde moram, cortado pelo Rio Verde, há um lugar que é um campo aberto, eles, farristas, começam a dar gritos, fazer barulhos no silêncio contemplativo da madrugada. Quando de repente, se ouve um relincho próximo ao tal campo, o que tinham de corajosos, esmorece, e saem correndo esquecendo mesmo da bravura que alguns copos de cervejas que haviam lhe dado. O caso se espalhou criando risos e comentários de alguns críticos em contraposição dos crédulos. O que seria o tal relincho?Não sei... Quanto a mim, na melhor das hipóteses, como boa mineira, prefiro esconjurar.

Outono



Começou ontem o delicioso outono. Hoje já está um dia meio friozinho, com alguns pingos de chuva. Nesta época do ano, antecedendo um ou dois dias ao Outono, ou mesmo no dia 21, ocorre o Equinócio, movimento em que o sol passa pelo equador, fazendo os dia com 12 horas de duração.Segundo os astrônomos, este ano o fenômeno ocorreu ontem, aproximadamente entre as 17 horas e 32 minutos.Porém, a data tradicional seria no dia 21 de março, o que acontecerá novamente só no ano de 2103.Mas Astronomia a parte, toquei no assunto do Equinócio porque me lembro que, quando jovem, adorava ler sobre misticismo,espiritualidade, estas coisas,lia muito Carlos Castañeda e outros, e sei que Equinócio é uma data importante para os grandes bruxos. Imaginava-os reunindo nas grandes serras de Minas Gerais: a formosa Serra da Mantiqueira, (a serra que chora, segundo uma lenda indígena, que vale a pena conferir), serra da Canastra e outros cantos propícios as artimanhas sortilégicas por aí, fazendo seus rituais... Lógico, enfeitando eu com uma boa dose de poesia e romantismo, aspirava sonhos de que seria uma bondosa bruxa, devaneios da juventude, apesar de eu ter uma aguçada intuição.




Mas volto ao Outono, época pra mim metafisicamente de recomeço, reflexão. Os ventos sopram pacíficos no raiar do dia, o céu vermelho ao entardecer inspira verdadeiros poemas. As folhas começam a amarelar; os ipês amarelos pertos de casa estão ainda mais adormecidos para acordar triunfais na Primavera. Como nesta época geralmente acontece a Semana Santa, se cria um clima ainda mais propício nas profissões da Semana, havendo o contraste da tristeza com o manto estrelado acompanhado pela radiante lua.
Outono, aconchego. Dá aquela vontade danada de ficar em casa, curtir um romance, preparar o estoque de chocolate quente, se recolher nos livros, adormecer com o tênue vento acariciando o rosto.
Se na Primavera/Verão as pessoas se tornam mais sensuais, no Outono elas se tornam pessoas mais reluzentes, como uma flor a desabrochar. Que no outono , assim como as folhas amarelas caem, e depois nascem, revigorantes,possa nosso coração se esvaziar, tornando-nos pessoas melhores.

De novo a " Nova Gripe"

Uma das principas gripes que se teve notícia, a gripe aviária,foi supostamente identificada na Itália, por volta de 1.900. Ressurgiu potente por volta de 2003, fazendo muitas vítimas, causada pelo vírus H5N1 é hospedado pelas aves, mas pode infectar os mamíferos. Ô bichinho danadinho é o tal do vírus, que pode sofrer mutações e acordar do nada, matando multidões. Como um um minúsculo ponto no infinito ( corpo) pode destruir animais e mesmo um homem. Mistério! Vejamos o caso da gripe espanhola, que de 1918 a 1920 matou mais ou menos 48 milhões de pessoas.Depois a gripe asiática e a gripe de Hong kong, tantas epidemias, pandemias, doenças.



No ano passado surgiu a Nova Gripe. O vírus H1N1 fez estragos. A gripe suína. H1N1: letrinhas simples e fatais estas.Causou vários números de vítimas.
Este ano, foi iniciado uma vacinação nacional em massa contra a gripe homicida, que é considerada como a maior campanha de imunização no Brasil. Dividido por critérios e faixas etárias, as pessoas com mais risco de levar a epidemia adiante devem ser vacinadas, antes que chegue o próximo inverno.
Recordo-me de um livro romanceado sobre a história de São Lucas: “Médico de Homens e de Almas”, um bestseller de Taylor Caldewell, que levou 46 anos para ser escrito. O livro arranca lágrimas do início ao fim, uma narrativa bem elaborada, leitura agradável, bom também para aprofundar na cultura greco-romana e na religião cristã.O fato é que em um capítulo, o médico Lucas consegue combater a peste em um navio, usando um tipo de desinfetante da época, e sem saber , sua fé. O homem tinha fé no Deus Desconhecido, o Deus dos cristãos, chegando a contrariar sua cultura religiosa. Depois ficou brigado com o Senhor, e no final do livro,após conflitos interiores, fica novamente em paz com o seu Deus. Vale a pena conferir a história, um dos meus livros de cabeceira.
Penso, as doenças existem desde o começo dos tempos, e os homens sempre procuram combatê-las , ou quem sabe, traze-las para perto...Segundo especialistas , o avanço das tecnologias possibilitou viagens aéreas intercontinentais , o que poderia facilitar a transmissão do influenza H1N1. A viagem intercontinental é pouco pra o homem, ele sempre quer conquistar mais. Lembremos-nos da mítica Torre de Babel, os homens queriam chegar até aos céus, desafiando Deus, o que segundo a Biblía , deu origem na divisão das línguas.Será então, que as doenças descontroladas não são frutos de nossa ganância em transpor o desnecessário? Querem desvendar o Universo, sendo que na Terra já a tanto a se fazer. Clonam ovelhas, sem falar de outras tentativas macabras com pessoas, há médicos que prometem grandes milagres a uma exorbitante quantia. Cadáveres são congelados na esperança de uma futura vida, mera ilusão.Sou a favor da ciência sim, porém, sem extravagâncias. Gastam milhões em experiências infrutíferas e desnecessárias, sendo que este dinheiro poderia contribuir em algo que realmente desse certo e tivesse resultado. Procuremos curar as doenças, dentro do que deve ser pesquisado, e não intervir no que acarretará resultados às vezes ainda mais piores. Busquemos pelo essencial, não pelo prejudicial. É preparar para a gripe suína, e pronto. Tem certas coisas que não entendo.

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PRIMEIRO LIVRO DE CRÔNICAS, INTITULADO “RIQUEZAS DO INTERIOR” DA ESCRITORA ELENISE EVARISTO. Este projeto visa divulgar novos nomes e publicações relacionados a Cultura da Cidade de Três Corações, através do lançamento do livro de crônicas “Riquezas do Interior”, da iniciante escritora Elenise Evaristo, contemporânea, mineira, dotada de sensibilidade e cultura e que com estes adjetivos, retrata na sua primeira publicação, embora já tenha sido apresentada ao mundo literário, através da publicação de um artigo, em livro lançado em 2008, intitulado: Quem conta um Conto de Fadas... Uma introdução aos contos de fadas dos Org. Geysa Silva e Luiz Fernando Matos Rocha. INTRODUÇÃO O Estado de Minas famoso por reunir marcas de um passado de riquezas Patrimoniais e Arquitetônicas, trazidas pelo Barroco e Rococó produzidos no século 18, e que garantiu que parte das cidades históricas adquirissem títulos de patrimônio da humanidade por parte dos órgãos responsáveis, possui ainda mais requinte quando se trata do legado da Cultura popular deixada pelos povos mais antigos. A cultura mineira tradicional fértil e diversificada, atravessa tempos e mostra para o Brasil a importância de se abrasileirar ainda mais as nossas tradições !

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Eu,por mim mesma: Virginiana, Terra, Melancólica. Tímida, Dedicada, Ciumenta, Muito Amor: Deus, família, alguém que sabe quem, amigos, Minas Gerais,e Literatura. Impulsiva, Sensível, Aspirante à escritora. Prazer: pôr-do-sol, cheiro de café coado de preferencia no coador de pano, cheiro de terra molhada, cheiro de curral, brincar com meus sobrinhos, comer bolinhos de chuva, ouvir música, assistir filmes, amo momentos simples e extasiantes Amo cozinhar. Adoro Conversar com pessoas e me encontrar nos meus momentos de solidão.

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