A Inconfidência foi um movimento separatista que não deu certo, mas que teve um grande conteúdo histórico.Os principais planos dos inconfidentes eram criar um governo republicano independente de Portugal, com manufaturas no país que surgiria, e a capital seria de São João del-Rei .Seu primeiro presidente seria, durante três anos, o poeta e ouvidor Tomás Antônio Gonzaga( O poeta Dirceu do Arcadismo).Com o fracasso do movimento, Tiradentes acabou sendo levado à forca, seus companheiros presos, outros exilados, como o próprio Tomás Gonzaga. É intrigante a história do inconfidente Claudio Manoel da Costa, que supostamente teria cometido suícidio, mas os sinos da igreja tocaram para ele, algo que era recusado pela igreja católica na época, ficando a dúvida de assassinato.Histórias da Inconfidência...Mesmo a Inconfidência não tendo em seus planos condições para libertar toda a Colônia, Tiradentes depois serviu de figura para os ideias ruplicanos, resgatando seu valor. A majestosa bandeira que outrora era um projeto para a a bandeira nacional,inspirada nos ideias da Revolução Francesa, acabou sendo adotada por nosso estado, e digamos é linda, diferente, como Minas.



Sendo a Inconfidência uma tentativa frustrada, serviu de exemplo para outras rebeliões, e não posso deixar de homenagear pelo seu contexto revolucionário, foi uma forte manifestação no Brasil colônia,além do contexto árcade de grande valor literário . Homenageio neste dia então, “ Minhas” Gerais; dos grandes artistas, das inúmeras definições do cauteloso e afável ser mineiro feito por Guimarães Rosa, Minas Enigma de Fernando Sabino, dos grandes políticos como Juscelino Kubitschek e Tancredo Neves. Minas, dos indios, bravos índios cataguases ,que habitavam o vale do Rio das Mortes ; da chorona serra da Mantiqueira, da Gira da tabatinga, língua antiga , feito por um português rural do Brasil na época colonial e por línguas do grupo Banto, com predomínio do quimbundo e umbundo, faladas até hoje em Angola.Linguagem que foi tradicionalmente mantido na cidade de Bom Despacho, embora na atualidade esteja quase extinta, buscando apoio cultural para ser mantida. É beleza demais!





Minas do velho Benjamim Guimarães, único barco a vapor no mundo, que desliza pelo velho Chico. Das delicadas cerâmicas às esculturas de Aleijadinho. Das velhas porteiras, tema de muitos “causos”. Minha Pátria, singela e majestosa. Aproveito aqui para retirar, alguns trechos da singela e ao mesmo tempo, suntuosa letra da música “Pátria Minas”, do compositor Marcus Viana, que retrata tão bem o amor por este torrão:

Pátria,
Pátria é o fundo do meu quintal.
É broa de milho,
E o gosto de um bom café.
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Diamantina, Caraça, Gruta de Maquiné,
Cascadanta caíndo, Congonhas do Campo,
São João Del Rei, Sabará, Tiradentes,
Igrejinha da Pampulha,
Minha Belo Horizonte.
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Se o mundo é grande demais,
Sou carro de boi,
Sou canção e paz,
Sou montanha entre a terra e o céu,
Sou Minas Gerais.

Acho que não preciso dizer mais nada. Uma declaração de amor, na forma dos mineiros. Parabéns, Minas, pelo marco cívico da Inconfidência, que embora não consumada seus ideais na época, somos hoje uma região rica em cultura, rica em beleza, rica em encantos, dentro deste Brasil República, que, embora saiba que ainda existam desigualdades, podemos ainda lutar por nossos direitos. LIBERTAS QUAE SERA TAMEN. Minas, Parabéns.