A história de amor que mais me encanta é o mito de Eros e Psiquê. Afrodite, enciumada da beleza de Psiquê, uma simples mortal, ordenou a seu filho Eros que a fizesse apaixonar pelo homem mais feio que existisse por aquelas terras. Porém, Eros, ou Cúpido, para os romanos, fala através do oráculo que o pai da moça insiste em consultar, temendo involuntariamente ter desgostado aos deuses. O alado deus se apaixona de imediato pela moça e pede ao seu pai que a leve a uma montanha, onde fatalmente seria desposada por uma terrível criatura. Sem desobedecer ao oráculo, a pobre moça é entregue ao seu destino, Na montanha, possuída por um imenso sono, é transportada pela brisa de Zéfiro a um lindo vale, até chegar a um castelo monumental. À noite, é entregue temente àquele que a desposaria. No entanto, se depara com mãos humanas, e um que detalhe, não poderia ver jamais seu rosto. A moça acaba gostando do indefinível amante, ante seus modos de carinho e delicadeza para com ela. Porém, instigada pela inveja alheia, Psiquê acaba olhando para o rosto do amado, estragando a confiança que havia entre os dois. O desfecho é feito de desafios impostos por Afrodite para que Psiquê reconquiste novamente Eros, e como sempre, o amor vence.
O amor no mundo globalizado. Com a falta de tempo, deixou de ser cortejado. Os casais não têm tempo para o namoro. Sem falar que, com o advento da internet, tudo é tão fácil e descartável; fácil e fútil. Existem sim, os casos onde o relacionamento virtual pode dar certo, onde ambos se comprometem com o namoro apesar de todo voyeurismo oferecido pelas redes de relacionamento.
Outro dia estava conversando com uma amiga, a pauta era sobre relacionamento aberto. Ela, sonhadora como eu, dizia que insistia em contradizer suas amigas de serviço, a maioria a favor desse do ato poligâmico. Me desculpem, mas isso não entra em minha pobre cabeça de mineira.
Já dizia o heterônimo Álvaro de Campos, que afinal, só as criaturas que nunca escreveram cartas de amor é que são ridículas. A carta, um papel objeto, elo com a pessoa amada; a letra enamorada a bailar no papel, escondida no quarto. A presença na corriqueira bolsa. Raros escrevem missivas de amor, um ritual sagrado em combate às efêmeras elucidações. Nos filmes antigos, ah, e “O Vento Levou” não é a toa que Scarlat O`Hara fez as mocinhas chorarem ,observamos como se iniciava um namoro, o olhar o primeiro toque, o medo, além dos eternos amores platônicos.
O amor, este sentimento nobre. O que eu disse, todos já sabem. Uma critica? Não. Como todas as regras, existem exceções. Apenas uma defesa ao amor romântico. Psiquê em busca de Eros, sempre.